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terça-feira, 30 de julho de 2019

LIBERDADE RELIGIOSA NO BRASIL Primeira Parte


Liberdade Religiosa no Brasil

“Deus, em sua infinita bondade estabeleceu, na morte, o grande nivelador universal, rico ou pobre, poderoso ou humilde, todos, nela, se tornariam iguais. Mas, vocês, homens preconceituosos, não contentes em estabelecer diferenças entre os vivos, querem levar essas mesmas diferenças até mesmo além da barreira da morte. Porque não nos podem visitar esses humildes trabalhadores do espaço, se apesar de não haverem sido pessoas socialmente importantes na Terra, também trazem importantes mensagens do além?” – Caboclo das Sete Encruzilhadas[1]

“Em um mundo onde as diferentes formas de tirania moderna buscam suprimir a liberdade religiosa ou buscam reduzi-la a uma subcultura sem direito de expressão na esfera pública, ou, ainda, buscam utilizar a religião como pretexto para o ódio e a brutalidade, é imperioso que os seguidores das diferentes tradições religiosas unam suas vozes para invocar a paz, a tolerância e o respeito à dignidade e aos direitos dos outros”. – Papa Francisco

A liberdade religiosa é um tema que vem sendo discutido ao longo de toda história moderna da humanidade. Assim, a análise do que é chamada de liberdade religiosa envolve problemas históricos, econômicos, de classes sociais e, por fim da cultura do país.

No caso do Brasil[2], em especial, quando falamos a respeito de discriminação religiosa é tratar do poder, da discriminação étnica, tratar da identidade, da autonomia, da alteridade, dos valores, das tradições, dos símbolos, dos indivíduos e da coletividade, e de suas singularidades e pluralidade. Trata-se também de fronteiras étnicas, sociais, relações intra e intergrupos, inclusões, exclusões. No Brasil, em especial, dada a condição de até 1890 o estado ter sido católico, e somente após essa data passar a ser laico, a liberdade religiosa tornou-se ainda mais difícil. Quando Dom Pedro I torna o Brasil independente de Portugal encomenda aos seus seguidores, em especial a José Bonifácio de Andrada e Silva, a elaboração de uma Constituição para o Império. Segundo essa primeira constituição brasileira a religião oficial do Império era a católica, conforme o artigo, a seguir:

"Art. 5. A Religião Católica Apostólica Romana continuará a ser a Religião do Império. Todas as outras Religiões serão permitidas com seu culto doméstico, ou particular em casas para isso destinadas, sem apresentar, exteriormente, nenhuma forma que pudesse lembrar um Templo."

Ou seja, poderiam as outras religiões se reunirem em qualquer lugar, menos em público e nem em uma construção cuja forma exterior lembrasse um Templo ou Igreja. No art.179, inciso V, estabelecia que ninguém poderia ser perseguido por motivo de religião, uma vez que respeitasse o estado e não ofendesse a moral pública. A primeira mudança na Constituição do país, visando a independência entre o estado e a religião ocorre em 1891 com a alteração do regime monárquico para o republicano e a promulgação da primeira Constituição da República brasileira. Com a proclamação da república, foi vedado ao estado: “estabelecer, subvencionar ou embaraçar o exercício de cultos religiosos ficando proibido o padroado”.



[1] Frase dita pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas, entidade anunciadora da Umbanda, em sua primeira incorporação em Zélio, quando, na mesa kardecista onde seu médium tinha sido levado, começaram a se incorporarem espíritos de Pretos Velhos e Caboclos e foram rechaçados pelo chefe da mesa que os classificou como sem luz.
[2] A percepção e rejeição da discriminação está crescendo no Brasil. A campanha contra a discriminação começou com a raça, foi seguida pelas questões de gênero e mais recentemente pela religião. http://www.acn.org.br/relatorioliberdadereligiosa

terça-feira, 23 de julho de 2019

LIBERDADE RELIGIOSA O QUE É? Terceira Parte





Liberdade  Religiosa - O que é?  Segunda Parte

Continuamos, neste texto, o tema sobre liberdade religiosa. Todos estes, que estamos postando, fazem parte de um único texto sobre o assunto fazem parte de um texto único, que falará também sobre a liberdade religiosa no Brasil.


 “Toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento, consciência, religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e à liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância isolada ou coletivamente, em público ou em particular (art. 18 da Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948)”.


Por esse artigo da Declaração Universal dos Direitos Humanos, torna-se função do Estado garantir que todo cidadão tenha o direito de ter sua crença e que toda religião possa cultuar Deus da forma que, segundo sua teologia e seus ritos, é correta. Deverá o Estado proteger todos os cultos, criminalizando todo tipo de preconceito. No entanto, o que vemos no Brasil são os filhos de religiões afro descendentes serem agredidos e apedrejados em plena rua, o mesmo acontecendo com os praticantes da Umbanda. Nas grandes cidades, o que se vê, são terreiros de Umbanda serem expulsos de comunidades porque estão pregando contra o tráfico.


As religiões, no ocidente, desde os primeiros séculos, nasceram vinculadas às origens judaico-católicas e por isso mesmo, essa discussão – da liberdade religiosa – sempre foi prejudicada, pois a elite de todos os países, de uma forma ou de outra, sempre teve ligações com a hierarquia da Igreja Católica ou das Igrejas Protestantes e ou Calvinistas, principalmente a partir do século XII.  Antes disso, dentro dos próprios seguidores de Cristo e de João Batista aconteceram diversos massacres, com fundamento na intolerância religiosa. Em alguns países, como na Alemanha estes poderes foram divididos, posteriormente à Reforma, com os Protestantes e, na Inglaterra, após rompimento do rei Henrique VIII com o papado, por este se recusar a cancelar seu casamento para contrair novas núpcias, Henrique VIII funda a Igreja Anglicana e se auto nomeia chefe da nova igreja, aumentando seu poder e suas posses, já que retirou da Igreja Católica uma grande quantidade de terras.


A partir da década de 1520 os católicos e protestantes perseguiram com violência os anabatistas, que eram cristãos que somente aceitavam o batismo tal como havia feito João Baptista. Os protestantes foram os primeiros a persegui-los executando o primeiro mártir dessa forma de cristianismo. Fernando I, rei do Sacro Império Germano – Romano, decretou a morte por afogamento de todos os anabatistas.


Em 23 e 24 de agosto de 1572, em Paris, foi perpetrada a maior matança em nome da religião católica e depois se estendeu por toda a França no que ficou conhecida como a noite de São Bartolomeu. Esse massacre foi contra os huguenotes, nome controverso dado aos protestantes e calvinistas, a mando de Catarina de Médici, mãe de Carlos IX, rei de França.


No caso do Brasil, em especial, quando falamos a respeito de qualquer religião, não poderemos esquecer que até bem pouco tempo (pouco mais de setenta anos) foi que estado brasileiro passou a ser, de fato, laico (leigo, sem religião oficial), não ter religião e permitir que outras religiões, além da católica pudessem ser praticadas. Embora esta seja a situação legal do Brasil, sabemos que na prática, não só a discriminação religiosa como outros tipos de discriminação, acontecem no Brasil.






quarta-feira, 17 de julho de 2019

LIBERDADE RELIGIOSA O que é? Segunda Parte




          Liberdade Religiosa

“Seria negar a Deus os atributos de inteligência e justiça admitirmos que o Criador fosse capaz de desprezar ou punir as suas criaturas porque não o amam do mesmo modo, orando com as mesmas palavras, seguindo os mesmos ritos. - Leal de Souza[1] 

A fé religiosa é inerente ao ser humano e traz consigo um grande poder de humanização.  Várias experiências foram feitas cientificamente que demonstraram, por exemplo, que a fé e a oração são alguns dos elementos curadores mais importantes. Por outro lado, a fé, sem o fanatismo dos fundamentalistas, faz com que as pessoas desenvolvam maior senso de justiça, mais amor e mais tolerância. Já a oração com fé nos conecta com o plano espiritual, levando nossas necessidades e dificuldades para que de lá venham a intuição e a força para as superarmos. Em nossas vidas poucas são as coisas que podemos definir como milagres. As Entidades, os Santos, o Cristo, nos ajudam dando-nos força, intuição e persistência para superarmos os obstáculos, mas não podem mudar nossas vidas. Somente uma pessoa pode mudar nossas vidas, nós mesmos.

Se nos propomos falar sobre liberdade religiosa e tolerância, é porque a liberdade está restringida em muitos lugares e a intolerância existe como um problema para comunidades e etnias. Os homens continuam preconceituosos, o que leva às guerras religiosas, em nome de Deus, mas na verdade elas sempre foram fundamentadas em questões ideológicas, políticas e econômicas.  Hoje mesmo, falsamente, em nome de Deus ou em convicções religiosas, se mata cruelmente e massivamente na Europa, na Síria, no Iraque, na Turquia, em Israel, na Palestina, e em muitos outros países e continentes. O terrorismo em nome de Deus continua matando, ferindo ou expulsando inocentes no mundo inteiro.

Assim, como faziam os Templários, com a convicção de que era seu dever defender a verdade católica, como se ela fosse algo superior à dignidade das pessoas que pensam diferente, hoje, os intolerantes religiosos, agridem, ferem e matam aqueles que cultuam ao mesmo Deus, só que de forma diferente. Na época dos Templários o que era importante era encher o erário, o tesouro do rei da França e de sua casta religiosa. Isto mesmo é feito hoje pelos fundamentalistas que servem muito a interesses econômicos e à sede de poder de determinadas castas e elites. A ironia de tudo isto é o fato de esses conflitos acontecerem com tanta virulência pois supõe-se que as religiões devem centrar-se no desenvolvimento de valores espirituais como o amor e o respeito aos irmãos, enfim, a todos os seres humanos e à natureza.

Não nos esqueçamos que todos os textos sagrados, inclusive o Evangelho de Cristo, apareceram em sociedades totalmente diferentes das atuais, com estágios diferentes de desenvolvimento espiritual e com diferentes níveis de conhecimento e cultura. Mas, mesmo assim, Jesus sempre pregou o amor, a caridade e a tolerância. Desta, a tolerância, o exemplo maior dado por Cristo foi o caso da mulher pega em adultério (João 8,1-11).

No que concerne à nossa religião, vemos que as religiões mais antigas se consideram proprietárias de Cristo, e o que é pior, nem as outras religiões e, muitas vezes, nem Igrejas da mesma confissão são respeitadas, pois seus condutores falam que somente a “sua” Igreja é a certa. Ou seja, nestes casos, a Igreja, o Templo, o Terreiro, não seriam para cultuar Cristo, mas o pastor, o sacerdote, o pai de terreiro e outros que, pela sua pretensa sabedoria e pela sua perfeição, já que assim se apresentam, tornar-se-iam os supostos melhores mensageiros de Cristo.



[1]Leal de Souza - No mundo dos Espíritos, 1932 Ed.  Liceu de Artes e Ofícios – RJ


terça-feira, 9 de julho de 2019

LIBERDADE RELIGIOSA O QUE É? Primeira Parte



LIBERDADE RELIGIOSA

“Nós não reconhecemos diferenças nem distinções na família humana: como brasileiros serão tratados por nós o chinês e o luso, o egípcio e o haitiano, o adorador do sol e o de Maomé. Sejamos nós o primeiro povo que apresente o quadro prático dessa paz divinal, dessa concórdia celeste, que deve, um dia, ligar a todo o mundo e fazer de todos os homens uma só família.”[1] 

Introdução
O texto acima, de José Bonifácio, conhecido como Patriarca da Independência do Brasil, demonstra que, desde aquela época, a vontade prevalecente, pelo menos naqueles que foram os responsáveis pela independência e pela formação do novo País, era de que o Brasil fosse um país de tolerância, amor e fraternidade.

Como veremos, ao longo desta e das próximas publicações, também esse é o sonho de nossa Umbanda. Quando o Caboclo da Sete Encruzilhadas chegou pela primeira vez na mesa kardecista, da Aliança Espírita do Rio de Janeiro, no dia 15 de novembro de 1908, ele e as entidades que com ele chegaram não foram aceitas por se identificarem como Caboclos e Pretos Velhos. Então ele anunciou que no dia seguinte, na casa de seu aparelho, seria anunciada por ele uma nova Religião, onde todos espíritos, independente daquilo que haviam sido em encarnações passadas ou da vestimenta com que se apresentassem, poderiam se manifestar e trabalhar para a caridade. A nossa semente, plantada naquela noite de 15 de novembro de 1908, em Niterói, foi a da igualdade, da fraternidade entre irmãos, da caridade e do amor ao próximo. Ser, hoje, filho de Umbanda é, antes de qualquer coisa, cumprir com todas as determinações daquelas primeiras entidades, enviadas pelo plano espiritual, para dar seguimento a um trabalho cristão, sem preconceitos de qualquer espécie. Ser filho de Umbanda, hoje, é poder dizer, como disse Paulo, “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé”. Timóteo 2 4:7 Mas, o que é o bom combate na Umbanda? É a prática da caridade, é o amor em ação, é estar disponível sempre para o trabalhos das entidades, é deixar de lado as futilidades de uma sociedade sem Cristo, é respeitar as diferenças entre as pessoas, sejam elas religiosas, de gênero, de classe social; é compreender que não somos, nenhum de nós, melhores que os outros, mas tão somente diferentes; é não querer usufruir de ganhos materiais com um trabalho que não é seu, e sim das entidades; é respeitar a natureza, expressão máxima dos nossos Orixás. Para isso, é necessário ser um bom combatente, mas também sábio e amoroso, pois de nada valeria o filho umbandista que tivesse sabedoria, fosse amoroso, mas não combatesse o bom combate ou que quisesse ser um bom combatente, mas que discriminasse seus irmãos.

Liberdade Religiosa
“Seria negar a Deus os atributos de inteligência e justiça admitirmos que o Criador fosse capaz de desprezar ou punir as suas criaturas porque não o amam do mesmo modo, orando com as mesmas palavras, seguindo os mesmos ritos. - Leal de Souza[2] 

A fé religiosa é inerente ao ser humano e traz consigo um grande poder de humanização.  Várias experiências foram feitas cientificamente que demonstraram, por exemplo, que a fé e a oração são alguns dos elementos curadores mais importantes. Por outro lado, a fé, sem o fanatismo dos fundamentalistas, faz com que as pessoas desenvolvam maior senso de justiça, mais amor e mais tolerância. Já a oração com fé nos conecta com o plano espiritual, levando nossas necessidades e dificuldades para que de lá venham a intuição e a força para as superarmos. Em nossas vidas poucas são as coisas que podemos definir como milagres. As Entidades, os Santos, o Cristo, nos ajudam dando-nos força, intuição e persistência para superarmos os obstáculos, mas não podem mudar nossas vidas. Somente uma pessoa pode mudar nossas vidas, nós mesmos.

Se nos propomos falar sobre liberdade religiosa e tolerância, é porque a liberdade está restringida em muitos lugares e a intolerância existe como um problema para comunidades e etnias. Os homens continuam preconceituosos, o que leva às guerras religiosas, em nome de Deus, mas na verdade elas sempre foram fundamentadas em questões ideológicas, políticas e econômicas.  Hoje mesmo, falsamente, em nome de Deus ou em convicções religiosas, se mata cruelmente e massivamente na Europa, na Síria, no Iraque, na Turquia, em Israel, na Palestina, e em muitos outros países e continentes. O terrorismo em nome de Deus continua matando, ferindo ou expulsando inocentes no mundo inteiro. Assim, como faziam os Templários, com a convicção de que era seu dever defender a verdade católica, como se ela fosse algo superior à dignidade das pessoas que pensam diferente, hoje, os intolerantes religiosos, agridem, ferem e matam aqueles que cultuam ao mesmo Deus, só que de forma diferente. Na época dos Templários o que era importante era encher o erário, o tesouro do rei da França e de sua casta religiosa. Isto mesmo é feito hoje pelos fundamentalistas que servem muito a interesses econômicos e à sede de poder de determinadas castas e elites. A ironia de tudo isto é o fato de esses conflitos acontecerem com tanta virulência pois supõe-se que as religiões devem centrar-se no desenvolvimento de valores espirituais como o amor e o respeito aos irmãos, enfim, a todos os seres humanos e à natureza.

Não nos esqueçamos que todos os textos sagrados, inclusive o Evangelho de Cristo, apareceram em sociedades totalmente diferentes das atuais, com estágios diferentes de desenvolvimento espiritual e com diferentes níveis de conhecimento e cultura. Mas, mesmo assim, Jesus sempre pregou o amor, a caridade e a tolerância. Desta, a tolerância, o exemplo maior dado por Cristo foi o caso da mulher pega em adultério (João 8,1-11).

No que concerne à nossa religião, vemos que as religiões mais antigas se consideram proprietárias de Cristo, e o que é pior, nem as outras religiões e, muitas vezes, nem Igrejas da mesma confissão são respeitadas, pois seus condutores falam que somente a “sua” Igreja é a certa. Ou seja, nestes casos, a Igreja, o Templo, o Terreiro, não seriam para cultuar Cristo, mas o pastor, o sacerdote, o pai de terreiro e outros que, pela sua pretensa sabedoria e pela sua perfeição, já que assim se apresentam, tornar-se-iam os supostos melhores mensageiros de Cristo.

SOBRE ESTE TEMA CONTINUAREMOS NA PRÓXIMA POSTAGEM.


[1]José Bonifácio, o Patriarca da Independência”, de Venâncio F. Neiva, Irmãos Pongetti Editores, 305 pp., RJ, 1938, ver p. 278.


[2]Leal de Souza - No mundo dos Espíritos, 1932 Ed.  Liceu de Artes e Ofícios – RJ


terça-feira, 2 de julho de 2019

A REENCARNAÇÃO DO PONTO DE VISTA DA UMBANDA Nona Parte




ALGUMAS QUESTÕES SOBRE A REENCARNAÇÃO DO PONTO DE VISTA DA UMBANDA.

Sobre as ideias que vêm com a Alma

1.      Quando uma Alma encarna, ela pode se lembrar de fatos e de conhecimentos de sua encarnação anterior?

Do ponto de vista geral, fatos não serão lembrados. Quanto aos conhecimentos adquiridos, se forem necessários à sua nova caminhada encarnada, ele poderá ter facilidade de aprendizado ou mesmo saber soluções que não lhe foram ensinadas. Nos estudos de reencarnações comprovadas ou mesmo em casos de lembranças espontâneas, isto tem sido visto com muita frequência. No estudo de Ian Stevenson, 20 casos comprovados de reencarnação, transformado em livro, e um de seus casos em filme – Manika – transformado em filme, todos os casos narrados são incontestáveis e foram identificados por lembranças comprovadas de vidas anteriores. Platão em sua filosofia já dizia que os seres humanos trazem os conhecimentos adquiridos em vida passada. Mas, como dissemos, somente serão utilizados quando necessários para a continuidade de sua vida em sua nova encarnação.

2.      Existe uma ligação forte entre uma existência anterior e aquele que a sucede?
Como dissemos, uma nova vida dá sequência aos aprendizados necessários para a evolução da Alma. No entanto, muitas vezes determinados aprendizados, que ainda não foram completados, podem ser deixados em segundo plano para a introdução de outros. Assim, deste ponto de vista, uma reencarnação pode não trazer, em sua programação, todas as necessidades de aprendizado da vida imediatamente anterior. Mas, quando estamos desencarnados e temos a possibilidade de olharmos de uma perspectiva de várias existências, poderemos ver o fio condutor que liga as nossas diferentes vidas com a finalidade de produzir um efeito completo, em todos os níveis ou em todas as características nas quais necessitamos fazer reformas para nossa evolução enquanto Almas.