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quarta-feira, 4 de setembro de 2019

A IGREJA CATÓLICA e SUA INFLUÊNCIA NO BRASIL





I.                                                                   Igreja Católica e sua influência no Brasil






A Igreja Católica durante muitos e muitos anos foi o poder por traz do poder no Brasil. Sustentou o Império por muitos anos. Ela no Brasil desde o seu descobrimento. A Coroa Portuguesa declarava como religião oficial em todo o seu Império, aí estando incluído, portanto, o Brasil. Com a instituição do padroado, que dava ao Imperador uma série de poderes e deveres para com a Santa Sé no Brasil, manteve durante séculos sua predominância em nosso país. Essa figura, do padroado, foi sempre uma satisfação de necessidades mútuas, da Igreja e do Imperador, fazendo com que, também no Império, o catolicismo fosse a religião oficial do Estado. Essa união, do Imperador com a Igreja, sempre permitiu uma troca de apoios entre ambos. O Estado através do beneplácito e do padroado tornava os clérigos praticamente funcionários públicos. O rei intrometia-se nos assuntos litúrgicos e financiava o clero. Apesar desta situação desagradar o papado, para o clero nacional não era do todo ruim. Os privilégios dos bispados eram retribuídos com discursos de apoio ao rei nas igrejas.

Essa união se rompeu nos anos 70 por uma considerável falta de habilidade política do imperador. Em 1872 dois clérigos, um de Olinda e outro de Belém, resolveram seguir as determinações papais e romper relações com a maçonaria. O impedimento de maçons de frequentarem as missas e as congregações religiosas provocou grande mal-estar entre as elites políticas e econômicas no Brasil onde os maçons eram inúmeros, praticamente todos da elite. O imperador reagiu à atitude dos párocos, condenando os dois envolvidos há quatro anos de trabalho forçado. A reação do conjunto da Igreja não poderia ser outra: a oposição ao Imperador. Os púlpitos tornaram-se a partir deste fato, não mais propaganda do Império, mas palanque para críticas. Outro fato que levou ao enfraquecimento do Império, foi a Questão Militar. Ela se constituiu em uma sucessão de conflitos, entre 1883 e 1887, suscitados pelas discordâncias entre oficiais do Exército Brasileiro e a monarquia, conduzindo a uma grave crise política que culminou com o fortalecimento da campanha republicana. Com isso,  o Império perdia suas principais colunas de sustentação e, assim, veio a República

O Brasil, antes mesmo da proclamação da república havia se tornado um Estado laico, conforme já dissemos, com o Decreto nº 119-A, de 07/01/1890, de autoria de Ruy Barbosa. Em um Estado laico, as normas religiosas das diversas confissões são orientações que se dirigem aos seus fiéis e não impostas a todos. Até esse Decreto, havia liberdade de crença, mas não a havia para cultos os quais somente podiam ser realizados no interior das casas de seus fiéis. Com o advento desse decreto, o Brasil deixou de ter uma religião oficial, determinando a separação Estado e Igreja e ampliando o direito de cada brasileiro ter sua própria religião.