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segunda-feira, 17 de junho de 2019

A REENCARNAÇÃO DO PONTO DE VISTA DA UMBANDA Sétima Parte



ALGUMAS QUESTÕES SOBRE A REENCARNAÇÃO DO PONTO DE VISTA DA UMBANDA.

A respeito do parentesco e da filiação

1.      Os pais dão aos filhos somente a matéria onde reencarnam ou parte de seu Espírito também vem junto ao Espírito que reencarnam?

É claro que lhes dão somente a matéria; cada Alma é única e não se divide. Tanto que vemos, inúmeras vezes filhos totalmente diferentes dos seus pais. Muitas vezes os pais são muito evoluídos e os filhos com nível de evolução muito baixo e, da mesma forma, filhos que se destacam por ter uma evolução muito superior aos demais membros de sua família. Por outro lado, devemos lembrar que os pais são os responsáveis pela educação dos filhos e que, por isso, devem dar a eles os valores éticos e morais do cristianismo para que possam evoluir.

2.     Em função das nossas inúmeras reencarnações, nossas vinculações de parentesco vão além daquela encarnação em que estamos vivendo?

Claro. Na medida em que reencarnamos seguidas vezes, temos um grupo de Almas afins, com as quais criamos ligações que vão além dessa relação ne Terra. Estas Almas correspondem a uma família espiritual, onde elas se ajudam mutuamente, tanto quando encarnadas como quando no plano espiritual. Outra coisa que devemos prestar atenção é no fato de, muitas vezes, vermos, pela primeira vez, uma pessoa que nos traz uma profunda afeição ou uma profunda aversão. Também essas pessoas fazem parte, já de algum tempo, de nosso círculo familiar. Além disso, muitas vezes, pode um Espírito que há muito tempo não vem naquele círculo familiar, por alguma razão ligada à sua evolução, voltar ao círculo familiar de onde havia saído.

3.      Pode a reencarnação prejudicar os laços familiares?

Na verdade, ela os fortalece e amplia seu alcance. Por exemplo, ela os fortalece quando os Espíritos que anteriormente não se davam em outras encarnações, até mesmo se odiavam, vão aprendendo a conviver entre si. Ela os amplia, quando Almas que em outras encarnações não estavam na mesma família, mas que eram próximas, como, por exemplo amigos, vêm dentro do núcleo familiar. Ela os fortalece quando há uma troca de papéis entre os membros daquele círculo familiar.

4.      Isso significa que os antepassados, do ponto de vista espiritual, são menos importantes?

Não, se considerarmos nosso núcleo familiar, veremos o papel que nossos antepassados cumpriram e os ensinamentos que nos legaram. O que realmente perde importância são os bens, ou os títulos que tiveram, já que o relevante é a nossa escola da vida. Poderíamos ter vindo a esse mundo através de qualquer Espírito, mas viemos ali para continuar nosso aprendizado. Devemos ainda levar em conta que, pela troca de papéis em nossas encarnações, nós podemos ter sido antepassados em uma vida passada, daquele que agora é nosso antepassado. Assim, os aprendizados que temos hoje, podem terem se iniciado em momentos em que fomos antepassados. Assim, o que importa, como dissemos, é o legado moral, de amor aos nossos irmãos que recebemos de nossos ascendentes.

5.      Considerando que não há uma filiação espiritual, mas carnal, o culto aos antepassados é dispensável ou mesmo incoerente?

Não, de forma alguma. Devemos lembrar que é o ambiente onde se encarna e os ensinamentos que os mais velhos passam aos mais novos que ajudam aos Espíritos, que encarnam naquela família, na sua evolução. O respeito pelo plano espiritual, o saber que Deus existe, o seguir uma religião são heranças espirituais que nossos antepassado nos legaram; da mesma forma, os valores éticos que seguimos, a disposição para a prática da caridade, a piedade, e a prática de todos os valores que Cristo nos ensinou, fazem parte dessa herança. Assim, devemos sim cultuar nossos antepassados, ter por eles o respeito pelo que fizeram e pelo que nos propiciaram.