ALGUMAS QUESTÕES SOBRE A
REENCARNAÇÃO DO PONTO DE VISTA DA UMBANDA.
Sobre o destino das crianças após a morte
1. A Alma de uma criança que morreu, com poucos anos de idade, pode
ser tão adiantada quanto a de um adulto?
Claro, o fato
de ser uma criança no momento de sua passagem não significa que essa Alma tenha
menos encarnações que a de um adulto, ou mesmo, que seja menos evoluída.
Devemos considerar que, como acreditamos na reencarnação, aquele Espírito já
deve ter vivido muitas vidas encarnadas. Assim, não é a idade do desencarne que
determina a evolução espiritual. Muitas vezes essas Almas que desencarnam,
aparentemente, de forma prematura podem ser mais desenvolvidas que a de muitos
adultos, inclusive aqueles que compõem sua família espiritual.
2. Então o Espírito de um filho pode ser mais evoluído que o de seus
pais?
Como dissemos
antes, isso pode ocorrer, e com muita frequência, dependendo do papel que
aquele Espírito encarnado naquela criança terá naquela família espiritual. Se vocês
observarem, verão isso, muitas vezes, em seus círculos de relacionamento.
A família
espiritual é constituída de tal forma que cada um, em cada encarnação, tem um
papel específico. Assim, o Espírito encarnado em um filho, pode ser mais
evoluído que os dos pais e pode ter vindo como forma de manter a família unida,
apaziguar as Almas que a compõem e ajudar aquelas Almas cursarem, da melhor
forma possível, o aprendizado que vieram fazer.
3. O Espírito de uma criança, que morreu ainda novinha, não tendo
tempo para praticar o mal, é um Espírito superior?
Claro que não.
Da mesma forma que na pergunta anterior, o que conta na evolução espiritual não
é o ter praticado ou não mal na sua encarnação mais recente, mas o número de
encarnações e o seu aprendizado durante essas encarnações. Por isso, quando uma
criança, ainda nos seus primeiros meses ou anos de vida faz a sua passagem, ele
não será um Espírito superior, somente por isso.
4. Por
que, com frequência, o Espírito faz a passagem ainda na infância?
Considerando
que há uma programação de vida para cada Alma que encarna, é possível que esse
pequeno tempo, que ficou encarnado, seja o término de uma existência anterior,
que terminou antes do tempo, ou onde deixou de cumprir algum aprendizado que é
possível ser cumprido nesse pouco tempo de encarnação. Pode também ser uma
forma de aprendizado para os pais, já acertada, anteriormente, ainda no plano
espiritual, quando da elaboração do planejamento da família espiritual.
Conforme já
mencionado, anteriormente, consideramos a existência de dois momentos de livre
arbítrio, o primeiro, como dissemos é no plano espiritual, quando ainda estamos
nos preparando para reencarnar e fazemos nossa programação da próxima vida
encarnada. Assim, não acreditamos em “provação e expiação”, em sofrimentos como
forma de pagamento de débitos anteriores. Não existem débitos. Existem
responsabilidades e aprendizados a serem cumpridos. Por isso, não acreditamos que
uma criança morra como forma de expiação ou provação para os pais. Se assim
fosse, seria cruel. Ela morre de acordo com sua história de vida e conforme o
papel que precisa desempenhar na família espiritual em se insere.