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Os Maronitas
O
Patriarcado Maronita remonta aos primeiros séculos depois de Cristo, mais
precisamente aos séculos IV e V. Teve sua origem na Antioquia, lugar da
primeira sede do Catolicismo, fundada por São Pedro; este fato explica a
concessão exclusiva ao Patriarca de acrescentar o nome Pedro ao seu próprio
nome. O mosteiro de São Maron, eremita, fundador dessa Igreja, influenciou
profundamente hábitos e comportamentos religiosos dos fiéis, fortalecendo a
causa para o nascimento da Igreja Maronita durante a ocupação árabe no Oriente
Médio; sua língua litúrgica é o aramaico, a mesma que Jesus Cristo falava.
O
Imperador Marciano, no século V, ordenou a construção do Mosteiro de São Maron,
berço da Igreja Maronita, logo depois do Concílio Ecumênico de Calcedônia,
evento que determina a rejeição ao monofisismo Cristão – posição teológica que
concedia a Jesus somente a natureza divina – fazendo-se reconhecidas e
incontestáveis as naturezas divina e humana de Jesus Cristo.
Convidados
pelo bispo D. Sebastião de Paes Leme, chegaram ao Rio e ao Brasil os primeiros
padres missionários libaneses maronitas, em19 de junho de 1891, quando então
começaram sua atividade religiosa no Brasil. A paróquia Nossa Senhora do Líbano
em São Paulo foi a primeira paróquia maronita no Brasil. O primeiro pároco foi
o Padre Yacoub Saliba que veio de Miziára, norte do Líbano, e chegou em São
Paulo no início dos anos de 1890. A paróquia situava-se então no atual Parque
Dom Pedro; foi destruída em função dos planos urbanísticos realizados na
região.
Atualmente
o bispo maronita no Brasil, e esse é o maior posto hierárquico da Igreja no
Brasil, é o Bispo libanês D. Edgard Madi, sagrado na Catedral do Líbano, em
2006(1)Seu líder maior é o Patriarca da Antioquia e de todo o Oriente. Sediado no
Líbano, tem, por isto mesmo, seu principal grupo naquele país. Apesar de estar
no âmbito da Igreja Católica Apostólica Romana possui um rito e uma liturgia
diferentes dela.
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Igreja Positivista
A Igreja
Positivista do Brasil, fundada em 11 de maio de 1881 - por Miguel de Lemos, na Rua do Carmo, 14, no Centro do Rio de Janeiro. A
instituição foi criada a partir da reformulação da Sociedade Positivista que
ali funcionava. Em junho do mesmo
ano, a Igreja Positivista do Brasil se instalou na Travessa do Ouvidor, 7,
também no centro da cidade do Rio de Janeiro. Em 1890, a instituição foi para
uma sala na Rua do Lavradio, 126, onde aguardou a construção de sua sede
própria, o Templo da Humanidade, na então chamada Rua Santa Isabel, hoje Rua
Benjamin Constant, na Glória. Em 1891, a Igreja Positivista do Brasil mudou-se
definitivamente para o Templo da Humanidade (1890-1897), ocupando então apenas
a parte frontal do prédio, onde foi instalada uma pequena capela. O prédio
completo foi finalmente inaugurado no dia 1 de janeiro de 1897.Foi
o primeiro edifício construído, no mundo, para difundir a Religião da
Humanidade, no dia 08 de Arquimedes do ano 88, - 08 de abril de 1888- de acordo
com o calendário Positivista(3).
Surgia a
sociedade estabelecida nos padrões da filosofia positivista, passando a
denominar-se em 1878, Sociedade Positivista do Rio de Janeiro, filiada à Igreja
Positivista da França. Entre as teses do Apostolado Positivista estavam a
instalação e imposição da república, a elaboração de um novo projeto
constitucional, a separação da Igreja do Estado, uma ampla reforma no ensino e
a liberdade como princípio universal, fundamentado no princípio da ordem e do progresso.
Os princípios básicos dessa
igreja eram: o amor por princípio; a ordem por base e o progresso por fim.
Defendia também que se devia agir por
afeição e pensar para agir. O positivismo e os positivistas tiveram uma enorme
influência na instituição do sistema republicano no Brasil, daí o lema da nossa
Bandeira, Ordem e Progresso.
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Culto aos Mortos
Dentro da
cultura de quase todas as raças primitivas, em seus remotíssimos agrupamentos, os cultos aos
mortos atingiam proporções espantosas. Inúmeras eram as tribos que se
entregavam às invocações de seus antepassados por meio de encantamentos e de cerimônias de
magia.
0 Egum não é o
morto que volta à terra em forma espiritual e visível aos olhos dos vivos. Ele
não renasce, mas na verdade ele não parte, ficando vagando em nossa dimensão.
Corresponderia àquilo que popularmente chamamos de almas penadas.
Na matriz
africana, normalmente, aqueles que cultuam os espíritos dos mais velhos de
diversas formas, o fazem de acordo com a hierarquia que tiveram dentro da comunidade e com a sua
atuação em prol da preservação e da transmissão dos valores culturais. Só os
espíritos especialmente preparados para serem invocados e materializados é que
recebem o nome de Egungun, Babá Egun ou simplesmente Babá (pai), sendo objeto
desse culto todo especial. Na África, alguns Orixás já viveram na terra, como Xangô,
Oyá, Ogum, Oxossi e outros, e são provenientes da ancestralidade de cada tribo, vila, cidade
ou mesmo país, e como tal são cultuados. Do culto a Xangô nasceu o culto aos
Egungun, na África, e que até hoje é praticado na Ilha de Itaparica, na Bahia.
O objetivo
principal do cultos aos Eguns, no início do século XIX, era tornar visível os espíritos dos ancestrais, agindo como uma ponte, um veículo, um elo entre
os vivos e seus antepassados. E, ao mesmo tempo que mantinha a continuidade
entre a vida e a morte; o culto também
mantinha estrito controle das relações entre os vivos e mortos, estabelecendo
uma distinção bem clara entre os dois mundos, o dos vivos e o dos mortos – ou
seja, os dois níveis da existência.
Assim, os Babás,
desse culto, trazem para seus descendentes e fiéis suas bênçãos e seus
conselhos, mas não podem ser tocados, e ficam sempre isolados dos vivos. Sua
presença é rigorosamente controlada pelos Ojés - sacerdotes do culto – e ninguém pode se aproximar
deles.
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Nova Jerusalém
Dante Alighieri
escreve na Divina Comédia que todos aqueles que cometem pecados iriam para o
inferno. Swedenborg foi o primeiro a
contestar esse conceito que era próprio das religiões judaico-católicas. Ele afirmava que Deus queria a salvação de
todos e não condenava ninguém ao inferno.
Criada no
Brasil em 1898, em Lamim, Minas Gerais.
Baseia-se nos ensinamentos de Swedenborg. Considerado como um dos precursores da
filosofia espírita, em suas obras “Céu e Inferno”, “A Nova Jerusalém” e “Arcana
Caelestia”. Swedenborg já apresentava em sua infância seus dotes de médium. Foi
um dos maiores médiuns entre os videntes, de toda a história do espiritualismo.
Pode ser considerado, o pai dos fenômenos supranormais.
O fundador
da Nova Jerusalém foi o Sr. de la Fayette, cidadão mineiro, que recebera
revelações, em Paris, alguns anos antes. Esse fato tornou-o desejoso de
conhecer a verdade espiritual, e, para que a verdade brilhasse, o Sr. de la
Fayette observou logo um rigoroso regime de temperança em todas as coisas.
A nova
igreja possuía um catecismo que explicava e resumia a Nova Jerusalém e a sua
doutrina celeste. Assim o homem foi criado por Deus para amá-lo e fazer o bem
ao próximo. O homem, segundo essa Igreja, aprendia a fazer o bem nos dez mandamentos.
O homem devia
reconhecer o Senhor, como o único Deus, em que estava encarnada a Santíssima
Trindade do Pai, do Filho e do Espírito Santo. A Trindade perfazia numa só
pessoa a alma, o corpo e o ato da obra. Na Trindade Divina, o Pai é a alma, o
Filho o corpo, o Espírito Santo a operação, condensados numa só pessoa – Jesus
Cristo. Esta era a sua divergência capital com o Catolicismo já que "Deus não é
solitário, Deus é solidariedade! Deus é Pai, é Filho e é Espírito Santo, Deus é
família: é Pai e Filho, Ele é o Espírito que existe entre o Pai e o Filho. Deus
é Pessoa. A Trindade não é uma composição de três indivíduos, mas de Três Pessoas
e uma pessoa somente existe na relação com outra pessoa, ou seja, o Pai é pai
porque tem filho, o Filho é filho porque tem Pai e os dois são pai e filho
porque tem uma paternidade-filiação garantida pelo Espírito que há entre os
dois. Isso é a Santíssima Trindade, uma relação de amor: o Pai é o amante, o
Filho é o amado e o Espírito Santo é o amor do Pai e do Filho"[4].
A Nova
Jerusalém era o cristianismo primitivo. Os seus membros não tinham ambições e
ajudavam-se uns aos outros, praticando a caridade, o único amor capaz de nos
desprender de nós mesmos para nos aproximar de Deus. A regeneração vinha da
oração. O homem orava só a Jesus, porque o mais é idolatria. Todas as ciências
e religiões nada são sem o conhecimento de Deus.
(1)Maiores informações sobre essa Igreja podem ser obtidas em sua página na
Internet.
(2) Lema dos positivistas.
[3]
Blog da Igreja Positivista do Brasil – IPB
[4]http://noticias.cancaonova.com/brasil/padre-explica-dogma-da-santissima-trindade/
interpretação fornecida pelo Padre João Carlos Almeida (SCJ) ao site acima.