ATIVIDADES
EXECUTADAS NO PLANO ESPIRITUAL
Em
razão das atividades referentes ao trabalho de ensinamento aos espíritos que
estão ali em processo de evolução, visando a uma próxima encarnação a Aruanda necessita
de ter uma guarda, uma segurança, que impeça a intromissão de espíritos inferiores
e de suas gangues. Esta guarda é composta pelos Exus. Lá, como aqui em nossos
Terreiros, eles trabalham para evitar que falanges poderosas do mal penetrem
naquele lugar. Por isso, lá reina a calma em todos os seus lugares. Quando um
espírito chega na Aruanda ele é recebido por espíritos amigos, com uma grande
alegria. É o seu renascimento no plano verdadeiro e definitivo. É encaminhado
para um hospital se tem seu perispírito destruído por alguma mazela terrena;
para uma Casa de Passagem se deve se deslocar para outros locais dentro de
Aruanda; se é um Espírito sem maior dano em seu perispírito, passa por pouco
tempo em um hospital e logo vai para Escolas e Trabalhos espirituais, para um
período de novos aprendizados. Se é um Espírito com luz suficiente, já é
engajado em trabalhos de ajuda e de ensinamento.
Naqueles casos em que seu trabalho é dirigido a pessoas
determinadas, individualmente, eles as estão ajudando na sua caminhada,
fortalecendo-as no enfrentamento de suas dificuldades ou as auxiliando na
superação de seus erros, defeitos e vícios sem, entretanto, interferir em seu
livre arbítrio e plano de vida. Para isso, trabalham sem necessidade de se
manifestarem ou de incorporarem em médiuns. Fazendo uma comparação, para
facilitar, eles são os Anjos que nos guardam e ajudam em nossa vida encarnada.
Quando o trabalho, dos espíritos de luz, está voltado para o
nosso plano, em atividades que beneficiarão a humanidade, eles estão também,
indiretamente, ajudando-nos em nossa caminhada terrena ou trabalhando pela paz
e pelo avanço espiritual e tecnológico do mundo. Não são trabalhos destinados a
um indivíduo, mas sim a todos os homens e mulheres de nosso mundo. Assim, eles
procuram agir sobre os líderes da humanidade numa tentativa de evitar guerras;
existe uma passagem no livro Nosso Lar, onde André Luiz percebe uma grande “agitação”,
se pudermos usar este termo, e pergunta ao seu mentor o porquê daquilo e ele
lhe responde que, apesar dos intensos trabalhos sobre os líderes mundiais, a
espiritualidade não conseguirá evitar a segunda guerra mundial.
Além dessas tarefas, existem ações sobre espíritos encarnados,
que já reencarnaram com tal missão em seu planejamento de vida e que colocam
toda sua vida no trabalho de pesquisas que auxiliam no avanço tecnológico, nas
artes, na medicina, etc. A finalidade deste trabalho é o de inspirar a esses
espíritos escolhidos, em todos aqueles setores de interesse da humanidade, para
que tenhamos maior tempo nessa terra e melhor qualidade de vida, trazendo, com
isso, mais tempo para nossa caminhada evolutiva.
Com isso, vemos que todos os avanços que a humanidade
consegue, são, em princípio, originários do plano espiritual. Lá se descobre, cria
e elabora e aqui um ser encarnado, já preparado para isso, é inspirado para
reproduzir, em nosso plano, aquilo que foi feito pelos espíritos. No entanto,
muitos desses avanços são posteriormente transformados em instrumentos de
destruição em massa ou para o enriquecimento de alguns poucos neste mundo. Neste
caso, a espiritualidade nada pode fazer, pois aqui, na terra o que prevalece é
o livre arbítrio de cada um.
Finalmente, esses espíritos dos planos superiores também se
manifestam em nosso plano, através de diversas religiões, em médiuns para
praticar a caridade. É o caso daqueles que se manifestam em nossa Umbanda,
buscando ajudar aos filhos e fiéis de nossa religião. Estes Espíritos, com
nível de desenvolvimento superior ao nosso, buscam sempre praticar a caridade em
suas diversas formas. Estamos aqui, falando de nossos amigos, os Pretos Velhos,
os Caboclos e todas as entidades que se manifestam procurando ajudar a cada um
de nós, principiando pelo seu próprio médium.
No entanto, se nos fosse dado observar os planos inferiores, veríamos
que tudo funciona do mesmo jeito. Às ações de bondade, caridade, adiantamento
científico, artístico e esclarecimento
mental que os planos superiores fazem para nós, as dimensões inferiores
contrapõem ações de maldade, egoísmo, atraso científico, distorção de objetivos
dos conhecimentos adquiridos, atraso político e social. Muitas vezes atentam
contra os encarnados que estão destinados a receber as intuições para a
reprodução em nosso plano daquilo que o plano espiritual nos manda, desde o
simples desviar dos seus espíritos através de vícios e más ações, até mesmo
atentando contra suas vidas.
Além disso, procuram prejudicar os espíritos encarnados e
desencarnados, que não estejam atentos à sua caminhada de evolução, com
orientações perversas, que direcionam as atuações destes para caminhos que os
distanciam daquelas que seriam suas tarefas. Aproveitam-se de desentendimentos
passados para, através de um trabalho de convencimento, tornar um espírito
desencarnado em obsessor de um espírito encarnado; transformam espíritos
desencarnados em perseguidores de outros desencarnados, visando obstruir, com a
raiva de ambos, ou com a raiva de um e o medo do outro, sua possibilidade de
redenção e a perdurar, por longo tempo, essa desarmonia que na maioria das
vezes passa a outras encarnações; também, desorientam os líderes para que tomem
decisões que podem, em última instância, gerar até guerras.
Entre os planos superior e inferior estamos
nós, nosso plano físico. Entretanto, existem diversos outros que à medida em que
estão localizados acima ou abaixo do nosso dizemos que são mais evoluídos ou mais
atrasados.
No entanto, essa explicação é meramente
didática, já que muitos desses planos, na verdade, ocupam diferentes espaços,
no mesmo plano, nos quais convivem ao mesmo tempo. Na verdade, alguns são localizados
em dobras do espaço, ao mesmo tempo. Portanto, estamos em uma dobra do espaço e
para entender isso imaginemos que dobramos uma cartolina ou um papel. Se
atravessarmos uma agulha ou um prego nessa cartolina ou no papel, dobrados, quantas
dobras quisermos fazer, podemos ter uma vaga ideia do que aqui foi dito. A
agulha ou o prego estarão em diferentes dobras de espaço ao mesmo tempo.
Por isso dissemos que a colocação do nosso
plano no meio é apenas uma forma didática de explicar já que, no geral, existem
superposições e intercessões de planos que não estão ainda, agora, ao nosso
alcance compreender ou entender a sua dinâmica. As escolas espiritualistas e ou
esotéricas, normalmente, utilizam essa divisão em planos, na maioria das vezes em
sete planos; a Teosofia ensina que além desses sete planos, cada um se divide
em outros sete sub planos, conformando um total de quarenta e nove planos. Algumas
outras colocam sete para baixo do nosso e sete acima. No entanto, não devemos
entrar nesse tipo de discussão, já que não é esse o objetivo desse nosso texto.
Por outro lado, também não nos é dado em plena consciência vê-los ou
visitá-los, por isso, àqueles que isso é permitido, o é apenas em
desdobramentos ou sonhos. Essas explicações têm apenas o objetivo de gerar algum
entendimento, de algo que ainda é muito difícil para nós compreendermos
totalmente.